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Prólogo de algo que venha a ser

Prólogo de algo que venha a ser

Rômulo viveu tão à beira do limite da vida que, ao completar 70 anos, assusta-se com a sorte que foi conseguir completar essa idade. Por isso, já embebido pelo sentimento de pré-morte, decide recontar as suas memórias na intenção de melhorá-las, pois “sob as vaidosas mãos divinas, derradeiros sofrimentos me foram acometidos. E se dito está que cabe ao poeta elaborar a vida, meto-me, então, diante a esta folha para fazer isto com a minha.”.

Ao sair de casa, aos 19 anos, para ir atrás de mãe que sumira no mundo, quando tinha apenas 6 anos, Rômulo não recusa a viver nenhuma experiência da vida quando descobre as outras possibilidades de tê-la e de sê-la para além da cidade pequena onde houvera nascido. “A vida é mesmo para se morrer dela.”, é o que costuma dizer para justificar seu prazer descomedida por estar vivo.

A sua vida pede um freio quando o personagem se vê envolvido em um crime de feminicídio brutal da cidade. Considerando ser responsável em parte por esse assassinato, Rômulo entende que aos 20 poucos anos, nada se resolve. Apenas se cria problemas para se arrastar pelo resto da vida.

O “Prólogo de algo que vem a ser” é um desenho de uma vida descomedida, que discute pautas de gênero e de sexualidade, juventude, drogas e suas inconsequências, nos convidando a pensar: o que vamos querer contar de nossas vidas quando formos velhos? Que amores lembrar? Que lugares revisitar? Que saudades devemos financiar, hoje, para nossas vidas futuras? 

 

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