Por que não me arrancaste o fôlego?

POR QUE NÃO ME ARRANCASTE O FÔLEGO
de Bruno Areno
Entre os catorze textos, uma sinfonia de temas ecléticos se desenha. Os dilemas da existência humana, as lutas pela identidade e a busca pela verdade interior tecem uma narrativa complexa. 
Os primeiros textos exploram a ousadia de decidir entre a vida e a morte de uma flor, alinhando-se com tradições de Namapa, enquanto o segundo texto retrata a jornada rumo à masculinidade baseada em ritos de iniciação. Os seguintes abordam a busca pela identidade sexual, a luta contra a intolerância, e o eterno paradoxo de viver ou morrer, influenciando quem nos cerca.
A liberdade de se desvincular das raízes genealógicas e matrilineares é explorada nos sexto e sétimo textos, seguidos pelo medo da não aceitação de ser quem se é. A passagem do tempo e o enigma da autenticidade são temas finais.
A coerência entre os textos reside na exploração da luta interior, seja contra tradições, preconceitos, ou a própria máscara que usamos. A busca pela verdade, a liberdade de ser autêntico, e a reflexão sobre o tempo são os fios condutores desta jornada.
Em sua totalidade, esta coleção de textos se desdobra como um espelho da complexidade da experiência humana. Convida o leitor a explorar as camadas da existência, a questionar suas próprias máscaras e a mergulhar nas profundezas da identidade. É uma viagem poética e filosófica que ecoa as perguntas eternas da humanidade, convidando-nos a refletir sobre quem somos e quem desejamos ser.